A Polícia de Mato Grosso do Sul apreendeu, nesta quarta-feira (23), três caminhões carregados com 120 bovinos, em Ponta Porã, divisa com o Paraguai. Segundo os policiais, a carga estaria sendo contrabandeada do país vizinho.
O carregamento foi interceptado por uma ação conjunta da Operação Hórus, com intervenção da Polícia Federal, Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal - Iagro, Ministério da Agricultura e policiais do Departamento de Operações de Fronteira - DOF. Os veículos foram parados no posto fiscal, entre os municípios de Vista Alegre e Ponta Porã. Os agentes constataram que a Guia de Trânsito Animal - GTA, documento obrigatório para o transporte de gado no Estado, era falsificada e os animais oriundos do Paraguai.
A propriedade rural que constava na nota falsa como destino dos animais, foi bloqueada do sistema de trânsito da Iagro e vai passar por fiscalização da unidade volante. Por não terem origem conhecida e entrarem no Brasil de maneira ilegal, os animais serão enviados ao abate sanitário. Quatro homens que foram flagrados, fazendo o transporte do gado, acabaram detidos.
Em nota, o diretor-presidente da Iagro, Danie Ingold, explicou que a ação faz parte do fortalecimento do controle de trânsito animal e segue as ações previstas no PNEFA (Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa). Na mesma nota, enviada à impresa, o Titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck, lembrou que Mato Grosso do Sul está passando por um período rígido de fiscalização para retirada da obrigatoriedade da vacina contra a febre aftosa. “Nós temos uma meta de retirar a vacina e sermos livre de febre aftosa sem vacinação e, para isso, temos de ser efetivos na fiscalização dos animais. Não podemos permitir riscos para a sanidade animal, como é o caso desses animais apreendidos hoje”, afirmou Verruck.
Pnefa
O Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) tem como objetivo principal “criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira”. Foi delineado para ser executado em um período de 10 anos, iniciando em 2017 e encerrando em 2026.
Está alinhado com o Código Sanitário para os Animais Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e com as diretrizes do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), convergindo com os esforços para a erradicação da doença na América do Sul. Um dos seus objetivos é a substituição gradual da vacinação contra a febre aftosa, em todo o território brasileiro, que implica na adoção de diversas ações a serem desenvolvidas em âmbito municipal, estadual e nacional, com o envolvimento do Serviço Veterinário Oficial (SVO), setor privado, produtores rurais e agentes políticos.
* Com informações da Semagro e SFA-MS
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