Com ofertas na casa dos R$ 73,00 pela saca de 60 kg, o mercado da soja abriu a semana se mostrando firme aos noticiários internacionais. Em Mato Grosso do Sul, a valorização chegou perto dos 10% nos últimos 15 dias. Esse cenário, segundo analistas, é reflexo da demanda, que segue aquecida, principalmente por parte da indústria brasileira. "Nessas últimas semanas houve uma grande procura pela soja - até pelo aumemento internacional do óleo e farelo de soja - então as indústrias aqui em MS andaram buscando mais o produto. Com isso houve muitos negócios realizados, com preços acima dos R$ 70,00", afirma Herivelton Braga Machado, operador de uma corretora grãos, em Campo Grande. Segundo Braga, os agricultores que estavam segurando as vendas aproveitaram para fechar negócios com a subida das cotações. " Muitos abriram espaço para negociar até 40% do volume que tinham ainda em estoque, comenta.
O mercado segue de olho nos números internacionais da soja. Nesta segunda-feira (12) o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório em que reduz expectativa de produção de soja para 100 milhões de toneladas, na safra 2019/2020. O volume representa redução de 18,7% em relação à safra passada. O relatório do USDA mostrou, ainda, que os estoques de passagem norte-americanos da soja devem se manter em torno dos 29,1 milhões de toneladas, de acordo com a expectativa do mercado.
Aumento na previsão do milho norte-americano
O boletim do USDA trouxe valores para o milho que o mercado não esperava. De acordo com o relatório, a produção de milho da safra 19/20 está estimada em 353,1 milhões de toneladas. O mercado global trabalhava com uma previsão de queda, com produção estimada em 335,1 milhões de toneladas. O resultado foi sentido na Bolsa de Chicago, que operou com cotações caindo em torno de 6%.
Redução das importações chinesas
Também nesta segunda-feira, o governo da China divulgou a estimativa para as importações de soja da safra 18/19. O relatório prevê queda de 1,5 milhão de toneladas em relação ao levantamento anterior, em função da redução dos embarques no mês de julho. Com isso, as importações chinesas devem alcançar 83,5 milhões de toneladas. O país asiático emitiu, ainda, informações sobre as importações de milho da safra 18/19. Pela estimativa as compras podem chegar a 4 milhões de toneladas, 700 mil toneladas a mais em relação ao levantamento passado.
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