Agricultores de Mato Grosso do Sul estão proibidos de cultivar e manter soja voluntária nos campos por noventa dias. O período de vazio sanitário da cultura, que começou no último dia 15, é exigido para reduzir, ao máximo, a proliferação do fungo causador da ferrugem asiática. O fungo Phakopsora pachyrhizi, é disperso pelo vento, não há barreiras que impeçam sua disseminação. Para se desenvolver, ele precisa de plantas suscetíveis, ambiente favorável e esporos (uredospóros), que seguem a direção do vento.
Quando a doença se estabelece numa lavoura, os danos podem causar perdas de até 90% de produtividade. Lesões e a senescência prematura das folhas podem diminuir os grãos e causar até a ausência de vagens, segundo os agrônomos. Na safra 2018/2019 o estado registrou 54 focos da doença, com redução de 52% em relação à safra 2017/2018. Apesar da diminuição do número de casos, os produtores precisam fazer a sua parte e eliminar qualquer planta voluntária que apareça na propriedade.
Neste ano, a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, assinou um termo de cooperação com a Associação dos Produtores de Soja. A parceria visa aumentar a conscientização dos produtores sobre os riscos da doença para a sanidade das lavouras e as consequências econômicas em casos de grande exposição ao fungo.
O perído de proibição vai até o dia 15 de setembro. O agricultor que desrespeitar a lei pode ser autuado pela Iagro e, ainda, pagar multa de até mil UFERMS.
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