Apesar de seguir com valores inferiores aos praticados no começo de 2019, o mercado do milho reagiu nas últimas semanas em Mato Grosso do Sul. Levantamento do departamento técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do estado mostra que o preço do cereal encerra o mês de maio com valorização de 25%. Na última semana do mês as cotações chegaram aos R$ 27,50.
Para o coordenador do departamento técnico da Famasul, Justino Mendes, a recuperação das cotações estão atreladas a vários fatores. Entre eles a valorização do dólar frente ao real e o aumento da demanda mundial, já que não há previsões concretas sobre o volume de milho que será colhido na próxima safra pelos Estados Unidos. " Os norte-americanos já concluíram o plantio do milho e com dificuldades por causa do clima. Como a janela é muito curta, agora, eles se concentram no plantio da soja", analisa o coordenador.
Muitos analistas acreditam que a recuperação de preços indica que o mercado dificilmente apontará para os valores mínimos de comercialização, mesmo durante a colheita. O otimismo vem da boa expectativa com o mercado interno, que deve demandar mais matéria-prima para a produção de proteína animal. O milho é a base da ração de aves e suínos, com participação de aproximadamente 70% na mistura.
O mercado da carne brasileira está de olho na oportunidade que se abriu na Ásia, com os problemas causados pela peste suína africana. Assim que retornou da viagem à China a ministra da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina Correa, disse que por causa da doença, os chineses precisam importar muita carne suína. "A quantidade que eles [chineses] precisam de carne suína, o mundo inteiro, junto, não tem condições de suprir". Se tivermos juízo e cumprirmos o que está no protocolo, teremos muito mercado". Disse a ministra a jornalistas durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, na semana passada.
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