A Comissão Nacional de Aquicultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu na terça (06) para debater os ajustes finais no Plano Nacional de Desenvolvimento da Aquicultura (PNDA).
A iniciativa, liderada pela entidade, vai levantar os principais gargalos da atividade (peixe, camarão, moluscos, ostras e mexilhões) e apresentar propostas de ações de curto, médio e longo prazo para o crescimento da cadeia da aquicultura no Brasil.
“Entre as grandes dificuldades podemos citar, por exemplo, a grande burocracia que existe ainda hoje no setor. Nós temos uma carga tributária bastante elevada, impostos em cascata, uma dificuldade enorme principalmente, para viabilizar a industrialização de pequeno porte”, disse o presidente da Comissão Nacional de Aquicultura da CNA, Eduardo Ono.
Outro destaque da reunião foi uma apresentação da Frente Parlamentar em Defesa do Pescado, criada em junho deste ano, e das ações conjuntas com a CNA. Os objetivos da bancada foram explicados pelo presidente da Frente, deputado federal Luis Nishimori (PR/PR), e pela deputada federal, Mara Rocha (PSDB/AC).
“Queremos somar com a CNA para trabalhar junto em prol da criação de peixes. A CNA trabalhou no desenvolvimento do nosso agronegócio, que hoje é um dos maiores exportadores do mundo, e a aquicultura pode seguir o mesmo caminho. É um setor que tem grande potencial”, afirmou Nishimori.
O encontro contou com a participação de membros da Comissão e de representantes de Federações estaduais de Agricultura através de videoconferência. A coordenadora de Produção Animal da CNA, Lilian Figueiredo, também acompanhou os trabalhos.
Para o vice-presidente da Comissão de Aquicultura da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Cleiton Coldebella, as iniciativas discutidas impulsionam a aquicultura para um novo rumo e podem contribuir para o Brasil, em um curto espaço de tempo, se tornar um exportador de pescados.
“O PNDA vai trazer uma estruturação melhor. Hoje, temos produtores que muitas vezes não tem o conhecimento necessário para estar produzindo. O Plano mostra um caminho aonde o produtor possa encontrar soluções para os problemas que ele tem. Será um norte para quem já está na atividade e para quem está entrando”, declarou Coldebella, que também é criador de tilápia em Gouvelândia (Goiás).
*Fonte: CNA
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